“O Arquétipo da Águia no Empreendedorismo: Como Desenvolver Visão, Liberdade e Resiliência para Alcançar o Sucesso”
Resumo
Este artigo analisa o arquétipo da águia como metáfora essencial para compreender o comportamento e a mentalidade empreendedora na atualidade. A partir da psicologia analítica de Carl Jung e de teorias contemporâneas de liderança e desenvolvimento pessoal, investiga-se como o símbolo da águia pode inspirar atitudes de visão estratégica, resiliência, coragem e liberdade de pensamento — características fundamentais para empreendedores que buscam inovar e prosperar em um mercado em constante transformação.
1. Introdução
O empreendedor moderno precisa dessa mesma capacidade de visão e coragem para agir em meio às tempestades do mercado, enfrentando riscos e mantendo o foco em seu propósito. Como descreve Drucker (1999), o verdadeiro empreendedor “vê oportunidades onde outros veem problemas”, exatamente como a águia que, em vez de fugir da tempestade, a utiliza para subir ainda mais alto.
2. Visão e foco: o olhar estratégico da águia
Joseph Campbell (2008) afirmava que o herói é aquele que enfrenta o caos para encontrar um novo sentido. Da mesma forma, o empreendedor de mentalidade de águia precisa manter clareza de visão, mesmo quando o mercado muda e as adversidades se multiplicam.
3. Liberdade e liderança: empreender sem depender de aprovação
Tony Robbins (2017) complementa ao afirmar que os grandes líderes são movidos por um senso de missão pessoal, não por validação externa. O arquétipo da águia, nesse contexto, convida o empreendedor a voar em altitudes próprias, guiado por sua visão singular e propósito interno.
Empreender, portanto, exige a mesma solidão criativa da águia: a capacidade de manter-se fiel à própria visão quando ninguém mais acredita nela.
4. Resiliência e renovação: transformar a dor em força
Na natureza, a águia passa por um processo simbólico de renovação dolorosa, em que ela se recolhe para trocar penas, bico e garras — saindo fortalecida. Esse ciclo inspira o empreendedor a compreender que crises e fracassos são oportunidades de reinvenção.
Viktor Frankl (1989), ao tratar do sentido da vida mesmo em meio ao sofrimento, ensina que a verdadeira liberdade humana está na escolha da atitude diante das circunstâncias. Assim como a águia, o empreendedor precisa aprender a recolher-se para replanejar e ressurgir mais forte.
O autodesenvolvimento contínuo, o aprendizado com erros e a capacidade de ressignificar desafios são marcas do que Robbins (2017) chama de “mentalidade de crescimento exponencial” — uma atitude que vê no obstáculo o combustível para o voo.
5. Superação de adversidades: voar acima do caos
Entre todas as imagens apresentadas, a mais emblemática talvez seja:
“Quando o corvo tenta incomodar a águia, ela não luta. Apenas voa mais alto.”
Essa frase sintetiza o espírito empreendedor maduro — aquele que não desperdiça energia com críticas ou sabotagens, mas eleva seu padrão de pensamento e ação. Em termos de psicologia aplicada, trata-se do que Daniel Goleman (2011) chama de inteligência emocional: o domínio interno que permite transformar provocação em foco, e adversidade em oportunidade.
Empreendedores de alto desempenho sabem que a melhor resposta ao ruído é o resultado. A verdadeira vitória está em voar mais alto, mantendo integridade, propósito e visão.
6. Conclusão
Como resume Jung (1964), o símbolo é a ponte entre o inconsciente e a consciência — e, nesse caso, o voo da águia é a ponte entre o sonho e a realização.
Referências Bibliográficas
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Campbell, J. (2008). O herói de mil faces. São Paulo: Cultrix.
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Chevalier, J., & Gheerbrant, A. (2008). Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio.
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Covey, S. R. (2005). Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. Rio de Janeiro: Best Seller.
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Drucker, P. F. (1999). Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Pioneira.
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Drucker, P. F. (2002). Desafios gerenciais para o século XXI. São Paulo: Pioneira.
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Frankl, V. E. (1989). Em busca de sentido. Petrópolis: Vozes.
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Goleman, D. (2011). Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva.
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Jung, C. G. (1964). O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
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Robbins, T. (2017). Poder sem limites. Rio de Janeiro: BestSeller.
Autor: Jorge Schemes
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